terça-feira, 22 de julho de 2008


Hino a Lúcifer

Sem atentar, nem ao bem nem ao enfermo, que finalidade tem o acto?
Sem o seu clímax, morte, que salvação tem
A Vida? uma maquina implacável, exacta
Enquanto passeia por um caminho vazio e insignificante
Para afundar em brutos apetites, o seu conteúdo inteiro
Quão aborrecido estava ele de se compreender
A si mesmo! Mais, este nosso nobre elemento
Do fogo na natureza, amor no espírito, desconhecida
A vida é sem primavera, sem eixo, e sem fim.

O seu corpo um rubi radiante de sangue
Com nobre paixão, Lúcifer de alma ensolarada
Deslizou pela colossal manhã, ágil e oblíquo
No imbecil perímetro do Éden.
Ele abençoou o não-ser com todas a maldições
E espicaçou com mágoa a alma apagada de sentido,
Soprou a vida para o estéril universo,
Com Amor e Conhecimento expulsou a inocência
A Chave da Alegria é a desobediência.



Texto original de Aleister Crowley, traduzido da lingua inglesa por mim.
Acredito que esta é a primeira versão em português do afamado poema "Hymn to Lucifer"

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