terça-feira, 29 de julho de 2008
No Céu da Noite
No céu da noite que começa
Nuvens de um vago negro brando
Numa ramagem pouco espessa
Vão no ocidente tresmalhando.
Aos sonhos que não sei me entrego
Sem nada procurar sentir
E estou em mim como em sossego,
P'ra sono falta-me dormir.
Deixei atrás nas horas ralas
Caídas uma outra ilusão,
Não volto atrás a procurá-las,
Já estão formigas onde estão.
Fernando Pessoa
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Este poema é dedicado ao João, pois tirei este poema de um livro que ele me ofereceu (Poesia da Noite). :)
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1 comentário:
pUnChdRuNk-LoVeSiCk, lindo é o poema que deixas-te aqui, linda a dedicatória que deixas-te para mim. Amei!
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