quinta-feira, 17 de julho de 2008

O Nascimento da Tragédia


"Também na Idade Média alemã se revolviam, sob o mesmo poder Dionisíaco, multidões sempre crescentes, cantando e dançando, de um lugar para o outro: nesses dançarinos de São João e São Vito, reconhecemos os coros báquicos dos Gregos, com o seu precedente histórico na Ásia Menor até à Babilónia e aos orgiásticos saqueus. Há pessoas que, por falta de experiência ou por estupidez, se desviam de tais fenómenos como de "doenças populares", com uma atitude de escárnio ou de lamentação e no sentimento da própria saúde: os pobres não imaginam decerto quão cadavérica e fantasmagórica se apresenta justamente essa sua "saúde", quando a vida fulgurante de entusiastas dionisíacos passa torrencialmente ao lado."

Nietzsche, O Nascimento da Tragédia

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